Peço desculpa aos poucos leitores mas este post vai ser muito particular.

Quero apenas lembrar-te do filme que vimos no sábado e de como nos mostrava que o Amor tudo supera. Acredita, vive, arrisca, não tenhas medo de viver no Amor.


Não tenhas medo de arriscar.

Tou cansado deste dia, tou cansado de me sentir preso, cansado do trabalho, cansado de me sentir castrado por esta comunidade de trabalho que olha a cifrões, manifestos e protocolos. Quero fugir daqui, circular com a janela do carro aberta enquanto fumo até os pulmões tossirem, quero chegar à praia, vestir o fato, fazer bodyboard, esqueçer as horas, sentir o mar, sentir o poder de Deus, sair e sentar-me na esplanada a beber uma cerveja, voltar ao carro, enrolar um charro, olhar o pôr do sol e sentir que não foi um dia em vão, que não fiz o que a sociedade quer de mim mas que o que quero para mim.
Utópico? Estúpido? Talvez... Na realidade não quero saber de como vão caracterizar este post. É o que sinto. Tou fartinho desta me*da de vida que estou a levar.

Hoje acordei com uma névoa à minha volta, tudo me pareceu mais escuro e sombrio, lembrei-me de ti e o os olhos ficaram marejados de lágrimas. Sinto a tua falta, da tua maneira engraçada de me chamar à atenção, dos teus gestos meigos que nada tinham que ver com o teu porte pesado. Sinto a tua falta e acho que ainda não percebi realmente a intensidade de tudo o que sinto. Aos poucos recordo os últimos tempos antes de partires mas ainda é muito doloroso aceitar quem eras e na sombra que te tornaste aos poucos. Recordo os jantares, as patuscadas com os tios e o dominó ao fim de almoço. Gostava que estivesses aqui, gostava de chegar a casa e contar mais um dia, de te ouvir perguntar se no sábado tinha chegado às tantas e de te ouvir dizer que amanhã é dia de trabalho. Gostava de te mostrar como a minha vida está a evoluir, como os projectos se vão realizando aos poucos, como sou feliz da maneira que aprendi a ser contigo.

Um dia disseste: "Quando não estiver aqui é que vão perceber a falta que vos faço."

Pois bem, já não estás Pai e eu sinto a falta.

Caminham arqueadas, como se num ombro trouxessem o peso do trabalho e no outro o peso da vida pessoal. Arrastam-se com ar apreensivo por entre a multidão escondendo os olhares uns dos outros na esperança de que possam passar despercebidas.

Que se passa com as pessoas? Que mundo é este? Porque nos temos de fechar aos outros? Não é o Homem um ser social?
Custa-me viver assim, custa-me sentir-me sozinho no meio deste ritual diário.

Quebrado...



Fistful Of Love - Anthony and the Johnsons

Sempre encontrei semelhanças entre aquilo que vou sentindo e as letras das músicas que vou ouvindo... Deixo-vos a letra de uma dessas músicas, "Hold Me In Your Arms" dos Black Keys.


Hold Me In Your Arms
I need you, need you by my side
Lonely evenings, eyes are open wide
Nothing you say could make me turn my back
Well I see you, and you see me too
Moon is rising, night will be here soon
Follow me, and lay down in my room
Hold me, hold me in your arms
Well now heal me, heal me with your touch
Your touch keeps me hangin’ on

Thickfreakness


Se leres isto, sabes que é para ti.

Dias difíceis estes... Voltar a acordar às 07:00Am em vez de 01:00Pm, relembrar o ritmo de trabalho, esquecer a Cerveja e os amigos por perto. Bah! Quero mais festas pá, mais grelhados, mais karaoke.

Marquem qualquer coisa quando puderem. Sim?