sexta-feira, setembro 07, 2007

A verdade é que já não sinto qualquer prazer nestas coisas (olhar para ti deixou de ser interessante). Sinto-me um limão apertado até que a última gota de ácido cítrico (C6H8O7, para quem não sabe) pingue para um qualquer recipiente e os caroços começem a magoar a casca vindos do interior (assim como que um cérebro a tentar sair por entre o osso occipital e o parietal). Bom, voltando ao que interessa, se é que interessa alguma coisa, dizia que já nada me interessa, estou como que num limbo mental, um nirvana, uma forma complexa de me alienar de tudo e ao mesmo tempo ter prazer. Sim... Sei que disse que já nada me interessa. Mas que te interessa isso?
Lembro-me dos teus lábios finos, as sobrancelhas marcadas, as bochechas redondas, os mamilos hirtos quando te dava prazer (ponto no qual coloco toda a minha masculinidade, a capacidade de te dar prazer), o sorriso maroto quando te dizia que devia dinheiro a não sei quantas pessoas mas ainda tinha algum para jantarmos fora, os ténis que ambos gostavamos mas só a mim serviam porque não havia números mais pequenos que o 40, uma enormidade de m*%#as que faziam que um singular dia contigo fosse uma completa interrogação e ao mesmo tempo uma simples afirmação de que éramos diferentes mas funcionava. A verdade é que já não me interessas... Porquê? Sei lá... Porra! Não tenho de saber tudo...
Há agora a moda da reciclagem... Queria poder reciclar este nosso amor, torná-lo útil nem que fosse para te voltar a magoar, nem que cometesse todos os erros infantis que cometi, nem que fosse para poder levar-te para a cama outra vez. É pena! Ainda só reciclamos lixo comum e algumas pilhas... O amor que se torna impróprio para consumo tem de ficar guardado algures dentro de nós. Mesmo que já não me interesses, sou obrigado a guardar-te sem utilidade nenhuma.

1 Comentários:

Kat disse...

Parece-me a mim, que existe ai ainda uma miscelania de sentimentos e sensações que embora dolorosos, teimam em vir ao de cima, e vem daÍ toda a falta de interesse aparente!
Quando somos previsiveis, o misterio desvanesse-se e o interesse consome-se como a luz de uma vela.
Deseijo-te sorte nessa busca pelo " interesse"

P.S- Folgo em saber que tens a tua masculinidade em tão boa conta =P * muah