sábado, maio 05, 2007

As formas mesclam-se, os odores cruzam-se e atraem-se, mais uma bebida, mais um cigarro, mais um olhar vago de quem tem o álcool a falar em vez do coração. "Senta-te man, vamos enrolar mesmo aqui", as mortalhas aparecem em cena e num acto despudorado queima-se o hax mesmo em frente ao ar perplexo de três polícias que por julgarem tratar-se de raia miúda nem se dão ao trabalho de efectuar a apreensão. "Tá feita! Vai mas é buscar mais uma cerveja que a garganta tá seca", coloca-se na boca, acende-se, sente-se o sabor na boca e o fumo a entrar no sangue. Mais uma bebida, mais um olhar, mais uma volta ao quarteirão. "Melhor irmos p'ra casa, já tou a ficar torrado..." Pernas que já não mexem como deviam, olhares no chão porque não se sabe o caminho, viagem de carro em forma de autómato, uma cama, uns lençóis, roupa por tirar que fica para amanhã.

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